CDU Alenquer

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Governo despreza carências no concelho de Alenquer

O Governo socialista, pelos vistos, só está atento ao concelho de Alenquer quando a questão é “aeroporto de Ota”. E nesse tema o importante para o Poder Central é tentar, ao máximo, sustentar a “pura e simples” decisão política. Quando chega a altura de resolver problemas e necessidades que afectam a qualidade de vida dos habitantes do concelho de Alenquer, as respostas não são dadas e os compromissos não são assumidos.

Além da manutenção do défice de transferências financeiras, por via da Lei das Finanças Locais (que continua a não ser cumprida), o Orçamento de Estado de 2006 não criou as novas respostas necessárias para o impulso fundamental que o País e as suas regiões reivindicam, como instrumentos de despesas inadiáveis e de desenvolvimento.

Assumidas como carências da população, o Município de Alenquer não conseguiu, uma vez mais, o compromisso da Administração Central, de forma a serem realizados investimentos em prol do desenvolvimento local. Aliás, um compromisso assumido por todos, no âmbito de discussões e deliberações da Câmara Municipal de Alenquer, como expectativas que localmente todos sentem.

Deste modo, importantes e sentidas carências ficaram sem uma qualquer perspectiva como a construção de extensões do Centro de Saúde de Alenquer em Abrigada e Olhalvo, a construção da Escola Básica do primeiro ciclo de Alenquer, a construção das piscinas municipais no Carregado e Merceana ou a instalação das Forças de Segurança na freguesia do Carregado, entre muitas outras.

Repetindo casos anteriores, as votações, em plenário da Assembleia da República, chumbaram, por larga maioria, o investimento público necessário para o nosso concelho.

Estranhamente, partidos como o PS e o PSD, que tinham aprovado estas propostas na Câmara Municipal de Alenquer, tiveram comportamentos diferentes, no âmbito da Assembleia da República, penalizando naturais expectativas criadas junto dos habitantes do concelho que mais uma vez vêem gorados os seus anseios e necessidades.

É portanto de lamentar profundamente o resultado desta votação na Assembleia da República (AR) que penalizou os interesses sociais e de desenvolvimento do concelho de Alenquer que merece muito mais.

Está mais que na hora da autarquia exigir uma solução alternativa do Governo de Sócrates, de forma a serem dadas respostas às múltiplas carências, nomeadamente a nível de infra-estruturas, vividas pela população do concelho. Mas pelos vistos apenas a CDU está preocupada com esta situação já que na última Assembleia Municipal (22 de Dezembro), os membros eleitos por esta força política apresentaram uma Moção que foi rejeitada, com os votos contra da maioria socialista e dos eleitos pela coligação Pela Nossa Terra, e que pretendia informar o Governo de que este órgão autárquico lamentava a votação na AR e exigia do executivo de José Sócrates a tal resposta rápida e necessária para solucionar os problemas do concelho de Alenquer e da sua população.
Onde está a defesa dos interesses da população alenquerense?


Rogério Silva
Membro da Assembleia Municipal de Alenquer eleito pela CDU