Arruada na Margem Sul faz Jerónimo confiar na subida da CDU
Baixa da Banheira, Setúbal, 12 Fev (Lusa) - Centenas de pessoas acolheram esta manhã na Baixa da Banheira, o secretário-geral do PCP numa arruada que deu a confiança a Jerónimo de Sousa para assegurar que a votação da CDU "vai crescer" em 20 de Fevereiro.
Apesar de não tão concorrida com noutras ocasiões, a arruada da Baixa da Banheira serviu para confirmar até que ponto Jerónimo de Sousa é popular por aquelas bandas.
Muitos beijos, muitos abraços apertados, algumas crianças levantadas ao colo e um secretário-geral do PCP a ser tratado, em quase todos os cumprimentos, pela palavra "camarada". Antes, no Barreiro, acontecera o mesmo.
Estava entre a sua gente e isso reflectia-se no sorriso largo e na desenvoltura com que se dirigia ao encontro dos que o aguardavam ou, simplesmente, com ele se cruzavam.
De vez em quando, críticas de populares a Bagão Félix e ao projecto de aumento da idade das reformas - com Jerónimo a avisar de imediato: "O PS tem uma proposta igual" -, mas também, apoiantes embevecidas que, disputando dois beijos do líder comunista, lhe diziam: "Todos os dias abro a televisão com prazer para o ver".
No final, e antes de sair da Baixa da Banheira com o "coração carregado de esperança", um apelo veemente ao voto na CDU e um alerta: "Se o PS ficasse de mãos livres, com a tal maioria absoluta que preconiza, no fundo era para fazer mais do mesmo".
Aos jornalistas, reconheceu, no entanto que, "em alturas de maior agitação social foi quando a CDU perdeu influência" naquela zona, pois "a destruição, o arrasamento que se fez do aparelho produtivo" são "factores que levam muitas vezes, até, à abstenção, ao desencanto".
Na ocasião, e na sequência de uma entrevista hoje publicada no Jornal de Notícias, em que não fecha a porta a uma possível viabilização de um orçamento rectificativo do PS, Jerónimo de Sousa esclareceu que isso só poderá ser encarado objectivamente "perante os conteúdos concretos" desse orçamento.
Ao mesmo tempo, considerou ser "sensata" e uma "novidade" a afirmação de José Sócrates ao "Expresso", segundo a qual, em caso de vitória nas legislativas, o PS governará mesmo sem maioria absoluta.
"Pressupõe que no quadro da Assembleia da República sejam possíveis aproximações e acordos. Mas, uma coisa a que o eng. Sócrates não respondeu é se está disposto para Governar com alianças permanentes com a direita parlamentar, ou se quer fazer uma mudança política, com uma viragem à esquerda", ressalvou Jerónimo de Sousa.
O momento foi, também, de críticas ao Bloco de Esquerda, acusado de nesta campanha já ter actuado de forma "pouco ética", ao tentar "apoderar-se de algumas causas e alguns grande projectos" do PCP.
Porém, isto não será "razão para que não haja entendimentos pontuais e convergência em matérias que interessem ao nosso povo", disse o líder comunista, aconselhando Francisco Louçã - que sexta-feira pediu votos que levem o Bloco a ser a terceira força política -a que "não se precipite e deixe que seja o povo português primeiro a fazer as contas".
JLG.
In: www.lusa.pt
Apesar de não tão concorrida com noutras ocasiões, a arruada da Baixa da Banheira serviu para confirmar até que ponto Jerónimo de Sousa é popular por aquelas bandas.
Muitos beijos, muitos abraços apertados, algumas crianças levantadas ao colo e um secretário-geral do PCP a ser tratado, em quase todos os cumprimentos, pela palavra "camarada". Antes, no Barreiro, acontecera o mesmo.
Estava entre a sua gente e isso reflectia-se no sorriso largo e na desenvoltura com que se dirigia ao encontro dos que o aguardavam ou, simplesmente, com ele se cruzavam.
De vez em quando, críticas de populares a Bagão Félix e ao projecto de aumento da idade das reformas - com Jerónimo a avisar de imediato: "O PS tem uma proposta igual" -, mas também, apoiantes embevecidas que, disputando dois beijos do líder comunista, lhe diziam: "Todos os dias abro a televisão com prazer para o ver".
No final, e antes de sair da Baixa da Banheira com o "coração carregado de esperança", um apelo veemente ao voto na CDU e um alerta: "Se o PS ficasse de mãos livres, com a tal maioria absoluta que preconiza, no fundo era para fazer mais do mesmo".
Aos jornalistas, reconheceu, no entanto que, "em alturas de maior agitação social foi quando a CDU perdeu influência" naquela zona, pois "a destruição, o arrasamento que se fez do aparelho produtivo" são "factores que levam muitas vezes, até, à abstenção, ao desencanto".
Na ocasião, e na sequência de uma entrevista hoje publicada no Jornal de Notícias, em que não fecha a porta a uma possível viabilização de um orçamento rectificativo do PS, Jerónimo de Sousa esclareceu que isso só poderá ser encarado objectivamente "perante os conteúdos concretos" desse orçamento.
Ao mesmo tempo, considerou ser "sensata" e uma "novidade" a afirmação de José Sócrates ao "Expresso", segundo a qual, em caso de vitória nas legislativas, o PS governará mesmo sem maioria absoluta.
"Pressupõe que no quadro da Assembleia da República sejam possíveis aproximações e acordos. Mas, uma coisa a que o eng. Sócrates não respondeu é se está disposto para Governar com alianças permanentes com a direita parlamentar, ou se quer fazer uma mudança política, com uma viragem à esquerda", ressalvou Jerónimo de Sousa.
O momento foi, também, de críticas ao Bloco de Esquerda, acusado de nesta campanha já ter actuado de forma "pouco ética", ao tentar "apoderar-se de algumas causas e alguns grande projectos" do PCP.
Porém, isto não será "razão para que não haja entendimentos pontuais e convergência em matérias que interessem ao nosso povo", disse o líder comunista, aconselhando Francisco Louçã - que sexta-feira pediu votos que levem o Bloco a ser a terceira força política -a que "não se precipite e deixe que seja o povo português primeiro a fazer as contas".
JLG.
In: www.lusa.pt
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